sábado, 2 de junho de 2012

FUGIR DO "MERCADO" CAPITALISTA

SAIR DO MERCADO

Existem muitas razões que sustentam a proposta de “FUGIR DO MERCADO” o mais longe possível.
Precisamos construir um sistema econômico que busque uma forma de BEM ESTAR diferente daquela de adquirir sempre mais mercadorias.
Estamos sendo obrigados a ficar cada vez mais separados da natureza e da terra. Existe uma vontade de caminhar sempre mais próximo da terra deixando menos marcas de destruição na natureza, mas a sociedade do consumismo está nos cegando e não deixando ver o que estamos fazendo com os recursos naturais e com os ecossistemas. Precisamos pensar que os que passaram deixaram recursos para nós. O que estamos deixando para os que virão?
Fugir das verdades já estabelecidas pelos donos da verdade, dos comportamentos teleguiados da mídia, VEJAS e Globo..., conhecer a origem dos alimentos, o lugar de onde são cultivados e onde trabalham os agricultores que os produzem, podem ser caminhos para esta nova sociedade
Produzir bens mais duráveis e fazer durar mais aqueles que temos, dos móveis as roupas, das bicicletas aos jogos, dos computadores aos livros.
Ter mais tempo para se divertir de verdade, ficar com as pessoas que amamos e estudar.
Inventar um trabalho do qual gostemos e que seja também útil aos outros, não ser escravo do dinheiro, ter e usar a quantidade de coisas para nos satisfazer sem ter em excesso, coisas sadias.

Como se faz isto?

Como se faz para não ficarmos escravos das engrenagens do mercado, sem se ficar marginalizados sociais, frustrados que ficam olhando com inveja, pelas estradas, pelas vitrines dos restaurantes cheio de sobremesas, caviar, champagnes e roupas da alta costura.
O princípio geral é realizar por si mesmo (e trocar com os outros) o maior número de coisas e serviços de que tenhamos necessidade.
Encontrar um pequeno pedaço de terra para cultivar hortaliças, junto com algumas árvores frutíferas.
Andar a pé e de bicicleta (e aprender a fazer a sua manutenção quando quebrar ou precisar de manutenção)
Comer mais frutas, verdura e menos carne
Não exagerar na comida e no álcool
Não fumar
Emprestar e tomar emprestado CD, DVD, livros e revistas.
Adquirir mercadorias usadas, emprestar aos amigos, lavar sua roupa e outros utensílios, enxugar e estender as roupas para secar.
Aprender fazer em casa pão, pizza, gelo, sorvetes e tortas, organizar refeições com os amigos, fazendo rodízio com os amigos, onde cada um leva uma coisa, assim podemos comer melhor e divertir nos mais que no restaurante.
Não comprar coisas inúteis, usar menos energia elétrica, com lâmpadas mais econômicas, usar menos água, com chuveiros mais econômicos, usar menos gás.
Fazer viagens a trabalho ou por prazer, sempre com o carro cheio, dividindo a despesa. Em fim, tendo comportamentos inteligentes que acabam por nos conscientizar que poderemos viver melhor com muito menos dinheiro de antes.
Melhor sempre de forma associativa

Se nos associarmos e aprendermos a organizar o tempo, poderemos viver melhor com menos, poderemos aprender italiano, espanhol, francês, guarani... em vez de só inglês. Poderemos otimizar o uso do computador, dançar tango, vanera, fazer festas, ter mais alegria, fazer turismo, resgatando o costume de trocar aquilo que se recebe gratuitamente. Não esqueça que existem músicas mais inteligentes e agradáveis do que FUNK ou Sertanejo Universitário. Tem muitas coisas que não fazemos mais como acompanhar as crianças até a escola, os da terceira idade até o médico ou ir ao baile da melhor idade ou ainda ensinar o “Vêneto” para nossas crianças, fazer uma torta, uma salada de “radiche”, um pão caseiro, um doce de Zuche.


Precisamos reservar momentos para a reflexão, para o transcedental, mas cuidado para não cair no conto dos realizadores de milagres que só querem seu dinheiro. Tenha o seu momento de reflexão, faça-o com a família com os amigos, mas não dê mais dinheiro para enganadores. Os templos que já existem são suficientes. Precisamos de mais escolas, creches, hospitais. Também não precisamos de mais vereadores, precisamos parques, praças e locais de lazer.

Podemos nos associar para fazer compras, principalmente de alimentos os quais poderemos comprar mais baratos e tentar encontrar alimentos orgânicos de procedência, valorizando os produtores locais e não grandes empresas.



 Construir uma rede local de economia solidária, que facilite o relacionamento das pessoas, dos grupos solidários de compras, dos produtores locais que respeitam o meio ambiente. Assim poderá nascer quem sabe, um pequeno território livre da escravidão do mercado, das mercadorias industrializadas e do deus dinheiro.

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