terça-feira, 15 de maio de 2012

Prá que formar técnicos?

Não resta mais dúvida que Educação Profissional gera desenvolvimento. Há uma relação intrínseca entre os dois conceitos.
Onde o poder público investiu na capacitação profissional o desenvolvimento da economia passou a ter maior sustentabilidade com resultados imediatos na qualidade de vida da população. Isto aprendemos no governo LULA que insistiu muito na formação técnica, mas ainda somos vítimas do bacharelismo o modelo que predominou no Brasil como uma distorção centenária.
Daí foi gerado um preconceito contra o ensino profissionalizante mesmo quando as carreiras técnicas se tornaram garantia de emprego fixo e salários dignos. Para se ter uma idéia deste preconceito, basta dizer que apenas 2,9% da população escolar acima de 10 anos ou mais estão matriculados em cursos técnicos, profissionalizantes ou tecnológicos.
Diante deste quadro fica evidente que as políticas públicas de educação profissional e técnica devem ser mais agressivas. Infelizmente temos a prática de valorizar mais quem passa mais tempo na universidade, numa privilegiada progressão entre graduação, mestrado e doutorado. E não se trata aqui de desvalorizar o ensino acadêmico, universitário, mas sim de dar o devido valor aos técnicos que também podem ter uma formação humanitária, ética, mas com excelente formação técnica, que podem de maneira mais ágil suprir a demanda reprimida por profissionais deste nível.
Há no governo federal disposição neste sentido. Com o recém lançado PRONATEC do governo DILMA, busca-se hoje a formação técnica numa parceria entre vários programas federais, Institutos federais, Universidades Tecnológicas, Sistema S e Redes Estaduais, porém o caminho é longo, árduo e cheio de desafios, principalmente por parte da maioria dos estados e municípios que ainda não conseguiram visualizar a importância estratégica que tem a Educação Profissional no desenvolvimento em nível regional e nacional. 

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